pó em obra

REDUZIR O PÓ PARA AUMENTAR A SEGURANÇA E PRODUTIVIDADE

A Hilti explica-lhe os riscos e apresenta-lhe soluções

PORQUE É QUE SE DEVE PREOCUPAR COM O PÓ?

O que é o pó?

O pó consiste em partículas sólidas minúsculas que estão altamente dispersas e circulam facilmente pelo ar. As poeiras inaláveis podem ficar retidas na boca ou no nariz, enquanto as poeiras respiráveis penetram profundamente nos pulmões, Há ainda a poeira torácica, que fica retida na parte superior das vias respiratórias.

A poeira fina é invisível ao olho humano e só pode ser vista se houver uma grande quantidade no ar. Devido à sua pequena dimensão, as partículas podem permanecer no ar até 12 dias. Quando não conseguimos ver a poeira, podemos cheirá-la, por exemplo, se uma sala cheira a "cimento", o cimento pode estar a circular no ar.

As partículas finas de poeira são as mais perigosas, uma vez que são suficientemente pequenas para chegarem aos pontos mais distantes do sistema respiratório - normalmente os alvéolos, onde interferem com o oxigénio e podem causar danos a longo prazo. A exposição excessiva a poeiras respiráveis que contenham sílica pode mesmo causar cancro, silicose e Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC).

 

Como é gerado o pó?

O pó é gerado pelo manuseamento abrasivo dos materiais, como perfurar, cinzelar, serrar ou demolir. Pode também surgir através da circulação ou transporte de materiais com pó, quando são sopradas pelo vento ou durante a mistura de materiais em pó, como a preparação de cimento. Consoante o material processado, surgem diferentes tipos de poeiras.

Eis dois dos tipos de pó mais perigosos no setor da construção:

  • Poeira com estrutura cristalina: gerada pelo tratamento abrasivo de materiais que contêm sílica, por exemplo betão, argamassa ou azulejo.
  • Poeira com estrutura pulverulenta: resultam do tratamento abrasivo da madeira e da madeira transformada, como por exemplo MDF.

 

O pó está em todo o lado

É um facto que o pó está em todo o lado no setor da construção. Ocorre em quase todos os pontos do processo de construção, incluindo perfuração, serração, demolição e transporte. É tão frequente que é considerado normal e não é motivo de preocupação - mas isso não é verdade.

Algumas aplicações criam uma enorme quantidade de pó, por exemplo, o corte de alvenaria e a instalação de cabos eléctricos podem produzir cerca de 17kg de pó por hora. A demolição de betão para pós-instalação de rebar pode produzir cerca de 6kg de poeira por hora.

Agora, ao somar todos os trabalhos que são realizados num dia normal em obra, a quantidade de pó com que os seus colaboradores têm de lidar é preocupante, certo? Então, eis a razão número um para se preocupar com o pó.

O PÓ PODE AFETAR SERIAMENTE A SAÚDE

Todos os anos, um número assustadoramente elevado de pessoas morre de cancro do pulmão causado pela exposição excessiva ao pó de sílica respirável. Outras sofrem de doenças como a doença pulmonar obstrutiva crónica, o que significa que não podem continuar a trabalhar. Várias organizações nacionais e internacionais reconhecem a urgência e lançaram iniciativas e campanhas para combater o pó em obra.

Quando o corpo humano inala o pó, os mecanismos naturais de defesa entram em ação, por exemplo, espirros e tosse. Contudo, esses mecanismos de defesa são limitados e ineficazes para certos tipos de poeiras. É necessário um cuidade especial quando se trabalha com materiais que contêm sílica.

A inalação de poeiras pode causar:

  • Dificuldades respiratórias
  • Alergias (por exemplo, desenvolvimento de asma)
  • Lesões nasais (rinites, cancro etmoidal)
  • Efeitos nos pulmões (silicose, siderose…)
  • Cancros (pulmão e nariz)

OUTRA RAZÃO PARA CONTROLAR O PÓ, A PRODUTIVIDADE

Se o setor da construção continuar com a reputação de ser um trabalho poeirento e sujo, os potenciais trabalhadores podem evitar completamente o setor - o que é preocupante, tendo em conta a falta de mão de obra qualificada.

Trabalhar com pó aumenta o risco de lesões devido à visibilidade reduzida e a distracções como irritações oculares, espirros e tosse. No entanto, esta não é a única razão para assumir o controlo do pó. É possível aumentar significativamente a produtividade e reduzir os custos de manutenção ao:

  • Reduzir o tempo de preparação: não é necessário vedar a área antes de iníciar os trabalhos;
  • Reduzir a limpeza: poupe até 99% do tempo em limpeza, dependendo da aplicação;
  • Reduzir os danos nas instalações e acessórios;
  • Aumentar a vida útil das ferramentas: até 60% e até 20% em consumíveis;
  • Aumentar a velocidade de aplicação: até 20% com ferramentas mais limpas e mais eficientes.

À medida que a discussão sobre o pó em obra continua a ganhar força em todo o mundo, em Portugal, existem diretrizes oficiais sobre os limites de exposição ao pó que devemos ter presentes.

Contexto da legislação portuguesa

O Decreto- Lei nº 102-A/2020 de 9 de dezembro de 2020 alterou a proteção dos trabalhadores contra os riscos ligados à exposição durante o trabalho a agentes cancerígenos ou mutagénicos.

Para melhor combater o pó em em obra, o decreto estabeleceu uma classificação das poeiras que permite reduzir e limitar os perigos na obra. Os tipos de poeiras foram avaliados segundo um valor limite de exposição profissional (VLEP). Isto corresponde à concentração no ar (miligrama de poeiras/metro cúbico de ar) de poeiras que uma pessoa pode respirar durante 8 horas de trabalho, sem que isso represente um risco para a sua saúde. Na indústria da construção, um dos tipos mais perigosos de poeiras é a poeira em forma cristalina: criada pelo tratamento abrasivo do material que contém sílica, por ex., arenito, betão, argamassa ou azulejo. No caso da poeira de sílica cristalina respirável o valor limite de exposição profissional é de 0,05 mg/m3.

Na tabela abaixo, pode consultar o pó de sílica no ar no contexto de alguns trabalhos comuns em obra. 

 

Trabalho/ Aplicação Pó de sílica no ar
VLEP excedido em:
Corte
Abrir roço
Polir
Furar
Varrer o chão
Até 15 mg/m3
Até 15 mg/m3
Até 15 mg/m3
Até 2,5 mg/m3
Até 1 mg/m3
300 vezes o limite
300 vezes o limite
300 vezes o limite
50 vezes o limite
20 vezes o limite

Quais as medidas a implementar na prevenção?

Para melhor combater as poeiras obra, a norma EN 60335-2-69 estabeleceu uma classificação das poeiras que permite reduzir e limitar os perigos na obra. Os tipos de poeiras foram avaliados segundo um valor limite de exposição profissional (VLEP). 

 

 

Classe L

Classe M

Classe H

Tipo de poeiras

Poeiras domésticas

Poeiras de madeira, betão, minerais, quartzo

Poeiras cancerígenas (cristobalita, tridimita), fungos, bactérias e germes

VLEP

> 1 mg/m3

≥ 0,1 mg/m3

< 0,1 mg/m3

Eficácia de aspiração mínima*

99%

99,9%

99,995%


Segundo a norma EN 60335-2-69 e IEC 61 J/94/CD

Aspirador de local profissional

1. Gestão do pó através da aspiração

Utilizar uma fonte de aspiração que permita reduzir a emissão de pó.

Ver artigos para gestão do pó
sistema de extracção de pó

2. Gestão do pó através da humidificação

O corte e a perfuração com água limita a proliferação de pó no ar. É um meio de reduzir os riscos ligados às inalações de poeiras.

Ver sistema de gestão de água para perfuração diamantada Ver depósito de água para serra de corte
protecção contra poeiras no local

3. Utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI)

É primordial utilizar os EPIs. A máscara respiratória permite limitar a inalação de pó e proteger o organismo. É recomendado vestir um fato para limitar a deposição de pó no vestuário. A utilização de óculos de proteção é, igualmente, necessária.

Aspirador de pó para profissionais da construção

4. Evite utilizar uma vassoura

A utilização de vassoura para as poeiras no solo não é aconselhada. O aspirador é a melhor opção.

Ver aspiradores
formação contra o pó

5. A formação da prevenção de riscos ligados ao pó

As poeiras são uma questão central e é necessário sensibilizar os intervenientes que podem estar expostos através de formação profissional.

Ver formações

COMO REDUZIR O PÓ EM OBRA EM 4 PASSOS

Descubra as soluções Hilti

  1. Começa quando escolhe uma abordagem de redução de pó para uma determinada aplicação, sempre que possível - como por exemplo a fixação direta e as soluções de água para cortar e furar materiais.
  2. A utilização de acessórios de extração de pó, que recolhem poeiras na fonte ao utilizar perfuradores, serras ou rebarbadoras, pode reduzir a quantidade de pó no ar quando combinada com um aspirador.
  3. Ao perfurar betão, as brocas ocas da Hilti permitem perfurar e limpar simultaneamente. Isto possibilita realizar perfurações praticamente sem pó quando efectuadas com um aspirador compatível.
  4. E ao trabalhar em áreas comuns ou restritas, os purificadores de ar podem ajudar a remover partículas finas de pó durante o trabalho.

A Hilti compromete-se a ajudar na redução da exposição às poeiras e a aumentar a produtividade em obra com ferramentas e serviços concebidos para limitar os riscos ligados às poeiras.

Conte com a Hilti como seu parceiro na redução do pó em obra.

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